quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Sobre empatas, sensitivos e “almas velhas”


por Fernanda Viviani




Às vezes me sinto como se tivesse nascido no século errado, não me encaixo em certos padrões, na verdade não me enquadro em muitos padrões… Até tento me esforçar, mas não consigo … E acabo me frustrando em todas as tentativas inúteis.

Hoje chego à conclusão que que esse ciclo vicioso acontece porque quando tentamos mudar nossa essência divina as coisas não dão certo e até nosso corpo tenta gritar para nós “hey vc está no caminho errado! não faça isso com você mesma”.

Eu já nasci nerd, antes de ir para a escolinha já frequentava a biblioteca do Sesc de Petrópolis, tinha até meus exemplares cativos … E esse meu lado só foi aflorando conforme fui crescendo. Na última década meus momentos de lazer foram na biblioteca da PUC e na salinha 128 de estudos aos finais de semana, também na PUC.

Eu sempre fui considerada uma aberração por essa minha personalidade, enquanto os outros jovens ia sair pra noitada, estava eu na biblioteca. Mas estava feliz, ali encontrava toda a minha plenitude no mundo dos livros.

Quando me aventurava para ir em uma balada com meus amigos ou bloco de carnaval, não dava muito tempo eu já queria ir embora.

Não adianta, eu nasci assim, não posso ir contra minha natureza. Eu gosto de ficar em casa, lendo meus livros, escrevendo, estudando, trabalhando. Sou feliz assim.

Outra aberração que todos consideram é que eu não bebo, não fumo e nem uso drogas. Não gosto, nunca gostei … E como já fui julgada por isso, principalmente por não beber.

Daí nos últimos anos fui pesquisando na internet. Vi que não sou a única assim, existem outros jovens parecidos. Que simplesmente não se enquadram nos padrões vigentes.

São os índigos, as almas velhas e muitas outras classificações.

Estamos por aí espalhados pelo mundo …

Nas escolas não sabiam o que fazer conosco, hiperativos, imaturos para a idade e por aí vai…

Na verdade somos sensíveis, somos sensitivos, somos empatas acima de tudo.

E a energia desses ambientes nos afetam drasticamente.

Gostamos do nosso mundo, gostamos da nossa própria companhia.

Escrevo esse texto como um desabafo porque só fui descobrir sobre isso tudo em 2017 quando já tinha 27 anos. Quem me dera ter nascido sabendo sobre índigos e empatas. A vida teria sido mais fácil.

Mas, escrevo esse texto com a esperança de que ele possa ajudar e confortar jovens que se veem nestas condições. Espero poder dar uma luz no fim do túnel.

Nunca permita nada nem ninguém mudar sua essência divina, sendo você jovem, empata, índigo ou não.

Não importa o quão cruel o mundo possa parecer ser, e acredite em mim, ele será, principalmente quando você é sensitivo.

Seja forte e Viva Sua Luz. Se agarre aos seus sonhos, suas virtudes e ideais de vida e jamais permita que te roubem isso.

“Onde está seu coração, está seu tesouro”.



Força, coragem e acima de tudo VIVA SUA LUZ sempre!

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